18 de dezembro de 2014

Por que o Brasil Mais Seguro não pacificou áreas dominadas pelo tráfico em Alagoas?

Há uma crise- ignorada- por setores da imprensa em Alagoas desde 25 de agosto, quando o jovem Davi da Silva, de 17 anos, sumiu após entrar em carro da Polícia Militar, no conjunto Cidade Sorriso 2.

Crise porque em pouco mais de um mês três policiais militares foram assassinados. As associações que representam os PMs – sempre ativas em protestos por melhores salários – silenciaram.

Crise também por causa das mortes em confronto entre acusados em crimes e polícia. Cinco foram assassinados em suposta troca de tiros no bairro de Guaxuma, no dia 3 de novembro. Depoimentos na polícia civil mostram que houve reação dos acusados – dois deles sem passagem pela polícia. A PC aguarda as provas técnicas para tentar reconstituir o quê aconteceu em Guaxuma.

Uma declaração do tenente-coronel do Valle à TV Gazeta dá pistas sobre o tamanho da crise na segurança alagoana. E como as polícias, o Conselho Estadual de Segurança, o gabinete do governador sabem que áreas em Alagoas são dominadas pelo tráfico.

E ignoram ações de pacificação nestas regiões. Ou seja: a retomada do controle do Estado das mãos do poder paralelo.

Disse o tenente-coronel: “Porque a área não está pacificada, está hoje com muitos traficantes da região e a polícia militar tem que agir com muita força aqui no local”.

Referia-se ao bairro do Clima Bom e ao protesto que terminou em um ônibus queimado e carro do portal de notícias G1 virado por manifestantes.

18 de dezembro de 2014