19 de janeiro de 2015

Diga não à privatização da Casal

A cidade de Cuiabá (MT) sofre as consequências danosas da privatização dos serviços de saneamento, onde a empresa de CAB Cuiabá não cumpre as metas contratuais e pode deixar a gestão da água, sendo “obrigada” a ressarcir o poder público pelos eventuais prejuízos causados pela falta de prestação de serviços à população, mesmo recebendo por isso. Em Cuiabá, o plano de saneamento básico apresentado pela CAB previa o acesso total dos lares à água em três anos, prazo que se encerra no próximo mês de março, mas essa meta está muito longe de ser atingida.

Em São Paulo, outro exemplo nocivo de privatização, após declarar haver racionamento de água, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tentou voltar atrás afirmando que o que existe é uma “restrição hídrica”, numa massagem semântica que não diminui em nada o sofrimento dos paulistanos. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar que autorizava a cobrança pela Sabesp de uma sobretaxa na tarifa para os consumidores que aumentassem o consumo, pois a lei federal 11.445/2007 determina que a cobrança de sobretaxas para restringir o consumo de água só pode ser adotada se precedida da declaração oficial de racionamento pela autoridade gestora dos recursos hídricos. Nem a utilização das reservas técnicas (uso do volume morto) e a integração dos sistemas de distribuição tem possibilitado a superação da crise e garantido a normalização do abastecimento de água. O novo presidente da Sabesp já afirmou que a população se São Paulo deve estar preparada para o pior.

Em Alagoas, a cidade de Arapiraca também passa por uma experiência desastrosa de privatização dos serviços de captação e tratamento de água onde, através de uma Parceria Público-Privado, esses serviços passaram a ser executados pela empresa CAB Águas do Agreste e tem causado prejuízos tanto a Casal como a população da região do Agreste, revelando-se também em outro exemplo maléfico de privatização.

Diante de tantos exemplos perniciosos, a sociedade alagoana deve ficar atenta e exigir do governo do Estado que invista recursos públicos na Casal para que ela continue uma empresa pública, garantindo a continuidade e a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

 

 

19 de janeiro de 2015