10 de fevereiro de 2015

Governador Renan Filho discute privatização da CASAL com os Urbanitários

O Sindicato dos Urbanitários, a Central Única dos Trabalhadores – CUT/AL, a Associação dos Engenheiros da CASAL – ASEC, a Associação Recreativa Esportiva e Cultural da CASAL – AREC, o Conselho Regional de Engenharia – CREA e o Clube de Engenharia, participaram de audiência no palácio do governo, com o governador Renan Filho, no dia 10 de fevereiro, quando tratou do Projeto de Lei que prevê a emissão de novas ações equivalentes a 56% do capital social da CASAL, a serem subscritas e integralizadas por um Parceiro Privado. O governador se disse aberto ao diálogo, mas afirmou que o projeto não será retirado da Assembleia, pois está em estudo, em busca de uma alternativa para a situação da estatal de saneamento, que precisa de investimentos e não possui os recursos necessários. No dia 09/02 o sindicato esteve reunido com a mesa diretora da Assembleia Legislativa, tratando do mesmo assunto.
O Sindicato apresentou ao governador, através do corpo técnico da empresa, um estudo sobre as graves consequências da privatização, caso seja essa a alternativa a ser implementada pelo governo. Onde a água foi privatizada, não apenas no Brasil, mas em outros lugares do mundo, o Estado teve que reestatizar o sistema, devido à reclamação da população, especialmente dos mais pobres. O Sindicato alertou que a população vai cobrar caro a reestatização da empresa, pois essa é a lógica do negócio.
Renan Filho pediu que o Sindicato apresentasse uma alternativa à privatização, que será elaborada por uma equipe de especialistas da própria CASAL, que possuem os dados financeiros e técnicos necessários para sua elaboração. Após essa etapa, o governador prometeu estudar a viabilidade da proposta e, sendo aceita, irá buscar sua implementação.
Nestor Powell, presidente do Sindicato, pediu que o governo garantisse uma ampla discussão em torno do assunto, inclusive com a realização de audiências públicas, buscando ouvir os diversos setores da sociedade civil organizada, que será atingida diretamente por qualquer medida que envolva o futuro da empresa. “Água é um direito humano fundamental, pois sem ela não há vida e, qualquer medida que trate deste tema deve ser objeto de uma grande discussão com a sociedade”, afirmou o presidente.
Os próximos passos serão exatamente no sentido de manter a mobilização dos/as trabalhadores/as e, da sociedade como um todo, levando a discussão aos diversos setores da população. Um abaixo assinado está sendo divulgado em todo o Estado, que pode ser assinado pessoalmente ou via internet, através do site do sindicato (www.urbanitarios-al.com.br). A luta está apenas começando e o envolvimento de todos/as neste processo é fundamental.

10 de fevereiro de 2015