28 de março de 2016

Campanha salarial 2016 promete ser de grande dificuldade

Os urbanitários de alagoas participaram do planejamento da campanha salarial 2016 dos/as trabalhadores/as da Eletrobras, realizado entre os dias 14 e 18 de março de 2015, na cidade de Manaus. Os principais pontos discutidos foram a situação das distribuidoras, ameaça de privatização, campanha salarial e a participação nos lucros e resultados – PLR 2015. Os sindicalistas presentes foram unânimes na avaliação de que o cenário para este ano é de muita dificuldade e que será preciso muita mobilização para evitar retrocessos.
O tema da campanha deste ano é: Não à Privatização do Setor Elétrico e as principais bandeiras são: ganho real e PLR, revisão do modelo do setor elétrico já, ampliação de conquistas e garantia de emprego.

Foi informado que o leilão da Celg, anunciado para o final de março, foi adiado devido a um problema na documentação do processo. A Assembleia Geral dos Acionistas, que discutirá a renovação das concessões e a possível privatização das demais distribuidoras da Eletrobras, está sem data definida. A avaliação é que o cenário de instabilidade política e econômica que o país enfrenta, gera enormes dificuldades para barrar esse processo, e que somente com muita luta e mobilização poderá haver resultado positivo.

Desde o ano passado que as entidades vêm realizando diversas mobilizações, paralisações, reuniões com deputados estaduais, federais, senadores e governadores, com ministros e representantes do governo federal, na perspectiva de barrar as privatizações, mas o quadro é de muita resistência por parte do governo, que afirma sofrer fortes pressões do mercado e dos acionistas minoritários da Holding para que as distribuidoras sejam vendidas . Em Alagoas, além de diversos protestos, inclusive com o fechamento do prédio sede da eletrobras, da subestação de Rio largo e de Arapiraca, o sindicato também mobilizou outros movimentos sociais, como os sem terra, a CUT, a CTB e a Frente Brasil Popular, para participarem da luta contra a privatização.

Esse cenário negativo prejudica não só a questão do Acordo Coletivo e da luta contra a privatização, mas também a PLR, que ainda não está com o termo de pactuação entre empresa e trabalhadores fechado. É neste termo onde serão definidas as regras para o pagamento da PLR.

Apesar das dificuldades apresentadas, os sindicatos se colocaram prontos para a luta, esperando contar, mais do que nunca, com a participação de toda a categoria, pois somente com muita mobilização e a participação de todos/as é que poderá se conquistar os avanços pretendidos, evitar retrocessos e barrar à privatização.

28 de março de 2016