12 de agosto de 2016

NOTA DE REPÚDIO ÀS DECLARAÇÕES DOS DIRETORES DA ELETROBRAS

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas repudia as declarações do Diretor de Distribuição da Eletrobras Luiz Henrique Haman e do Presidente da Estatal Wilson Ferreira Junior, feitas através de videoconferência, no dia 11 de agosto, marcadas por elogios à privatização e ameaças aos/a trabalhadores/a. Os argumentos utilizados pelos diretores foram agressivos e irônicos, afrontando a inteligência da categoria, através de afirmações falsas e mentirosas, de que a situação da empresa e dos/a trabalhadores/a vai melhorar com a privatização.

O Diretor de Distribuição afirmou que a empresa precisa ser eficiente com o menor custo possível. Ele só não explicou de onde virão esses recursos. A CDE ou RGR não enviará dinheiro a fundo perdido. Eles serão pagos pelos futuros donos? Virão recursos através de empréstimo do Banco Mundial? Afirmou ainda que a ANEEL vai dispor plano operacional e vai cobrar responsabilidade de todos. Que haverá um programa de investimentos e que contratos de operação e manutenção serão reavaliados. Numa ótica de quem só visa lucro, afirmou ainda que o quadro de pessoal é oneroso e estuda criar um PDV, pois as empresas devem ser “entregues limpas”, ou seja, anunciou que vai demitir. Assumiu em seu discurso que a privatização vai trazer mudanças na vida dos/a trabalhadores/a e que só parte da mão de obra será aproveitada, declarando que onde tiver três fazendo um mesmo serviço esse quadro será reduzido pra dois ou até um, ou seja, buscar mais trabalho com menos mão-de-obra, para “otimizar custos”. Isso significa demissões em massa.

Já o presidente da Eletrobras afirmou que vai “precisar fazer coisas” relacionadas a mão-de-obra. Que “a maior parte dos que se dedicam a empresa” não precisa temer a privatização, ou seja, também afirmou que vai demitir muita gente. Teve a coragem de dizer que a iniciativa privada “paga melhor” que a pública, que lá prevalece a meritocracia. Ora, isso é MENTIRA! Todos/a sabem que empresa privada terceiriza toda sua atividade fim. Para isso, irá demitir os concursados e recontratá-los através de terceirização com salários irrisórios. Em mais um ataque aos/a trabalhadores/a e ao sindicato, disse que a entidade defende quem recebe vencimentos incompatíveis com o que faz, jogando uns trabalhadores/a contra os/a outros/a, ao afirmar que não precisa perguntar quem é que cumpre com suas obrigações que os/a próprios/a trabalhadores/a vão até ele pra dizer que é aquele/a trabalhador/a não faz nada.

Em resumo, mostraram que já estão a serviço dos futuros compradores das Distribuidoras. Deixaram muito claro que a partir de agora irão trabalhar para os futuros donos, ou seja, o capital privado é quem passa a mandar nas Distribuidoras. Nesse processo de desmonte para entregar a empresa a privatização irão criar incentivo para aposentadoria. Disse em alto e bom som que “é preciso se achar um jeito da Eletrobras sair bem do processo, ou seja, ‘arrumar’ a casa pra entregar do jeito que o futuro comprador quer”.

A categoria não aceita esse discurso e não irá se submeter a essas provocações sem reação. A categoria é esclarecida e vai buscar seus direitos até o fim. Ninguém baixará a cabeça para qualquer ameaça.

A luta continua!

12 de agosto de 2016