30 de outubro de 2017

ELETROBRAS APRESENTA NOVA PROPOSTA

Empresa aumenta em quase R$ 50 milhões a proposta anterior, mas ainda mantém os encargos todos incluídos, até mesmo aqueles devidos pelo empregador.

Dois dias após receber a contraproposta aprovada na última assembleia dos/as trabalhadores/as, a ELETROBRAS/AL foi rápida e apresentou nova proposta oferecendo pagar R$ 178 milhões, observado, praticamente, o mesmo parcelamento proposta anteriormente, ou seja, R$ 30 milhões pagos imediatamente, e o restante – R$ 148 milhões – em dez parcelas iguais de R$ 14 milhões e 800 mil cada.

Conforme destacado acima, o proposto incluiu tudo o que é devido no processo, ou seja, nas palavras da empresa “para pagamento de todos os créditos relativos a essa ação a qualquer título”.

A mexida para cima na proposta patronal fez o percentual em relação ao montante total atual (bruto), calculado pela AGU atingir 10% praticamente, ou pouco mais de 24% do valor bruto do mandado de citação (execução) datado de 2010. Esse último percentual é importante, pois o valor do mandado de execução tem por base os cálculos individuais que os/as trabalhadores/as conhecem, bastando, para saber uma estimativa de quanto caberia a cada um (bruto) multiplicar o valor divulgado por 0,24. Exemplo: quem em 2009 tinha um crédito de R$ 100 mil, pela proposta anterior da empresa teria R$ 18 mil e agora teria um pouco mais de R$ 24 mil, ainda para descontar Imposto de renda, INSS, honorários de sucumbência (devidos pela antiga CEAL) e honorários contratados (contratados por autorização da assembleia), custas, tudo enfim.

Esse montante da proposta está distante dos R$ 630 milhões líquidos que correspondem ao valor da contraproposta aprovada na última assembleia, mas não há dúvida que se fez um movimento na direção do acordo como nunca havia sido feito antes nesses vinte e oito anos de pendenga judicial.

A ASSEMBLEIA da próxima segunda, 06/11/2017, no mesmo local da anterior (EDIFÍCIO SEDE), às 9h, terá o desafio de apreciar a nova proposta, cujo momento atual aponta para uma negociação aberta, embora a empresa sempre sustente que chegou ao seu limite.

E o nosso? Qual o nosso limite? Temos que ir refletindo sobre isso.

E qual o encaminhamento que o Sindicato vai dar a essa negociação? Em face da nova proposta da companhia faremos uma nova contraproposta?

Essas questões desafiam a gente continuar apoiando nossos negociadores, presididos por Nestor Powell (Sindicato), com a assessoria dos advogados, e sempre buscando um consenso entre o Sindicato e a AAPC que interage em nome da maioria dos substituídos, no caso os aposentados e familiares de falecidos.

E não podemos perder de vista e da prática: só somos fortes se formos unidos!

30 de outubro de 2017