2 de dezembro de 2016

Urbanitários denunciam adiamento da Conferência Nacional das Cidades

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A reunião do Conselho Nacional das Cidades – CONCIDADES, ocorre em Brasília desde o dia 30 de novembro e reúnem conselheiros/as e cidadãos de todo o país para discutir temas como habitação, saneamento ambiental, transporte, mobilidade urbana e planejamento territorial.

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas encontra-se representado pela secretária geral, Eliene Rocha, que participa como convidada da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental, e pela secretária de política social, Amélia Fernandes que também é conselheira representante da Federação Nacional dos Urbanitários – FNU, no seguimento dos/a trabalhadores/a e membro da coordenação executiva da 6ª Conferência das Cidades.

Durante a reunião foram abordados alguns temas como a pauta de privatizações do setor de saneamento, que vêm sendo proposta pelo governo de Michel Temer. Os conselheiros e conselheiras cobram também do governo federal a continuidade do projeto que garante uma cidade mais humana, além de garantir que as cidades exerçam sua função social e que assegure a manutenção e o respeito aos direitos humanos, onde o capital especulativo e a especulação imobiliária não sejam vistos como prioridade.

O Seguimento dos Trabalhadores apresentou na sexta (02), no pleno do conselho um documento ao ConCidades contra o adiamento da 6ª Conferência Nacional das Cidades. A iniciativa ocorreu após a decisão unilateral do Ministro das Cidades, Bruno Araújo, que deliberou pelo adiamento da Conferência, numa tentativa de enfraquecer o conselho organizador e desconsiderando todo o trabalho de construção do evento, que já havia até provisionado orçamento para realização do encontro.

A 6ª Conferência Nacional das Cidades estava marcada inicialmente para ser realizada em Brasília, no período de 5 a 9 de junho de 2017. A iniciativa do ministro visa adiar a conferência para o mês de Junho de 2018 que, por se tratar de ano eleitoral, dificilmente será realizada. O Comitê chama a atenção para a tentativa do Governo Temer de implantar a política privatista e neo-liberal antes da realização da Conferência e, por isso, demonstra a urgência da necessidade do posicionamento de Conselheiros, assim como de toda a sociedade que sejam contrários as decisões arbitrárias do governo atual.

A Conferência é o espaço onde a sociedade organizada, representada por seus delegados, realiza debates com o governo, atuando numa diretiva baseada na democracia e pluralismo a fim de que possa ser possível pavimentar a travessia da cidade que se tem para a cidade que se quer.

Na trajetória de atuação do ConCidades, uma das principais lições aprendidas é que a democracia muda de qualidade quando o Poder Público se une à experiência acumulada da sociedade civil organizada e potencializa a sua participação na elaboração e execução dos programas e das políticas públicas. O governo Golpista está querendo enfraquecer essa característica de participação popular e controle social. Vamos resistir e lutar pelo fortalecimento desse espaço tão importante para a construção de políticas públicas que promovam qualidade de vida, principalmente para as populações mais carentes.

2 de dezembro de 2016