16 de novembro de 2023

Urbanitários de Alagoas denunciam os males da privatização da água na Câmara de Vereadores de Sergipe

 

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas participou de sessão especial realizada na Câmara Municipal de Aracaju, no dia 14 de novembro e, de ato público, que reuniu centenas de trabalhadores e trabalhadores da Companhia de Saneamento, em frente à casa legislativa da capital sergipana.

Os Urbanitários de Alagoas, através dos diretores Alexandre Costa, João Batista e Divaldo Caiano, denunciaram as graves consequencias da privatização da água em Alagoas, alertando aos sergipanos da gravidade desse processo para o povo daquela cidade.

Os Urbanitários de Alagoas fizeram essas mesmas denúncias em agosto deste ano, quando participaram de debate na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em audiência pública em defesa da COMPESA, empresa estadual de água de Pernambuco, também alvo de privatização.

Para os vereadores de Sergipe, Alexandre Costa trouxe a dura experiência da privatização do saneamento vivida pelos alagoanos nos últimos três anos, quando a Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) teve suas concessões divididas em três blocos de municípios e leiloadas, ficando apenas com a captação e tratamento da água.

O diretor do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, fez uso da tribuna para defender que os sergipanos não cometam o mesmo erro e privatizem os serviços da DESO, empresa de água de Sergipe.

Alexandre fez um resgate do processo de privatização do saneamento em Alagoas, destacando que o governo estadual começou com a proposta de concessão dos 13 municípios da Região Metropolitana de Maceió, que foi assumida, em 2020, pela BRK Ambiental, por 35 anos, mas depois avançou na entrega das concessões e depois realizou mais dois leilões, com mais 61 municípios.

“Em 2021, a BRK assumiu o abastecimento de água e a coleta e tratamento dos esgotos e encheu as cidades de outdoors dizendo que chegaria à universalização da água em 2033. Devido o contrato, o privado deixou de fora povoados com menos de 1.000 habitantes, onde a CASAL, com uma arrecadação deficitária e sem o subsídio cruzado tem que assumir. E é esse um dos alertas que eu venho trazer para os senhores, para que não deixem que isso aconteça em Sergipe”, afirmou Alexandre.

O sindicalista também alertou para as tarifas abusivas cobradas pelas empresas privadas, a exemplo de uma nova ligação de rede de água, que pode chegar a mais de R$ 1.300,00, quando a CASAL prestava os serviços estava abaixo de 500,00.

Ele também chamou a atenção para a extinção de todos os Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE), que foram assumidos em sua totalidade pelas empresas privadas, e para os vários casos de despejos de esgotos ‘in natura’ em praias turísticas alagoanas, como Maragogi, o que não acontecia antes e evidencia que a promessa de melhoria dos serviços com a privatização não se cumpre.

“Estamos passando em Alagoas por um ‘perrengue’ muito grande. O momento é muito difícil e espero que vocês aqui consigam reverter essa proposta de privatização da DESO, e que Sergipe não tome o mesmo caminho que Alagoas tomou”, alertou o sindicalista alagoano.

 

 

16 de novembro de 2023

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